sexta-feira, 20 de maio de 2016

Léo Cunha - "A Girafa Vidente"




Olá! Vamos falar do autor Léo Cunha hoje.


Léo Cunha nasceu em Bocaiúva (MG), em 1966, mas mudou-se para Belo Horizonte com a família três anos depois.
Começou o curso de Economia, mas logo desistiu, e cursou Jornalismo e Publicidade na PUC-MG.
Seu primeiro texto, Em Boca Fechada Não Entra Estrela, foi publicada em uma revista, e depois transformado em livro e audiolivro. Mas seu primeiro livro publicado, em 1993, foi o Pela Estrada Afora.
Ganhou prêmios da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e Câmara Brasileira do Livro (CBL).
E é fácil compreender porque ele ganhou tais prêmios, seus poemas infantis são, além de escritos para crianças, também têm um apelo estético que chama a atenção, como no poema A Girafa Vidente:

A GIRAFA VIDENTE
Com
aquele
pescoço
comprido
espicha
espicha
espicha
a bicha
até parecia
que via
o dia de amanhã

Léo Cunha também possui Poemas Animados em seu site pessoal, como o Chute a Gol:



Quando soube do falecimento do autor Bartolomeu Campos de Queirós (que falamos aqui), ele escreveu o seguinte texto:

Bartolomeu não era meu, era nosso. De todo mundo que ama a poesia, a literatura, a leitura, a memória, o ensino, o encanto. Mas no início dos anos 80, eu tinha a impressão de que ele era só meu.
  Ele tinha publicado dois livros no início da década de 70 (Pedro e O peixe e o pássaro), mas os livros tinham saído de catálogo e desapareceram do mapa durante anos. Aí, em 1980, minha mãe fundou a Editora Miguilim e seu primeiro passo foi recuperar essas duas obras primas do Bartolomeu.
  Foram os primeiros de mais de 10 livros do Bartô que eu tive a sorte de ver nascendo e crescendo. Ciganos, Cavaleiros das Sete Luas, Correspondência, Indez, As patas da vaca e outros tantos. Eu estava entrando na adolescência e pude acompanhar (de intrometido que sempre fui) o processo de ilustração, de editoração, de lançamento.
  Além disso, eu passava todas as minhas tardes na Miguilim (que, além de editora, era uma 'casa de leitura e livraria') e o Bartô passava por lá quase todo dia, ou pelo menos foi assim que a minha memória guardou, num ato rebelde de bartolomice.
  Quando comecei a escrever, ele foi uma influência clara, descarada. Meu O sabiá e a girafa deve um bocado a O peixe o pássaro. Meu Gato de Estimação segue os passos da História em 3 atos.
  Meu estilo, se é que algum dia consegui chegar perto disso, foi fermentado numa mistura do lirismo e do 'memorialismo' do Bartolomeu com o humor e o nonsense de outros dois escritores que também foram embora cedo demais: os saudosos Sylvia Orthof e José Paulo Paes.
  Muitos anos depois, tive a honra de dividir com o Bartô dois livros: o infantil Olhar de bichos e o teórico O que é qualidade na literatura infantil e juvenil. Além de muitas conversas em lançamentos, feiras de livros, aeroportos, onde quer que a literatura infantil leve a gente. Levava.
  Como o seu personagem Pedro, o Bartô foi embora com o coração cheio de domingo. Mas os livros ficam pra todos os dias.” (CUNHA)

Em 2015, ele foi entrevistado pelo Programa Inconfidências, no qual fala de sua carreira:


Bom, ficamos por aqui!
Domingo teremos nosso último autor.
Até lá!

BIBLIOGRAFIA:
- CUNHA, Léo, Site Oficial, em http://www.leocunha.jex.com.br/;
- PROSA EM POEMA, Léo Cunha, em https://prosaempoema.wordpress.com/tag/leo-cunha/.

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